Logo no começo do blog já estive falando de um livro chamado "Player One" ou Jogador Nº 1 como é conhecido aqui no Brasil, e para quem não conhece eu expliquei que o livro é rico em citar as referências dos Anos 80.
Trago aqui ao blog mais uma literatura pop até as suas raízes, não se tratando de um livro e sim de uma HQ/MANGÁ, estou falando de Scott Pilgrim o jovem de 22 anos que derrotou os sete macabros ex-namorados de Ramona Flowers. Como vou falar da HQ acho legal falar do fantástico filme que saiu logo depois o lançamento da mesma.
Scott é um garoto, ou melhor dizendo é um jovem de 22 anos, preguiçoso, roqueiro de garagem e canadense que mora em Toronto juntamente com um amigo chamado Wallace Walls que a propósito é homossexual, tornando a jornada do nosso Herói ainda mais engraçada. Não há como definir o Scott como um herói já que o mesmo age com propósitos estritamente pessoais, se tornando então um anti-herói.
Acompanhamos a vida de Scott, um pouco monótona até conhecer Ramona Flowers o grande amor de sua vida. Mas para que esse relacionamento aconteça, Scott terá de enfrentar cada um de seus ex-namorados maléficos.
Falando dessa forma a HQ deixa a desejar, o que a complementa são as citações a cultura pop. Temos uma enorme variedade de citação a jogos, como por exemplo a Zelda, ou o começo de um novo capítulo com a referencia a Sonic:
Fora o mundo dos games, o mundo cinematográfico é bem explorado, como o filme "Curtindo a Vida Adoidado" tem algumas breve menções, assim como no seu filme a HQ é recheada de referências.
A quem diga que o excesso leva ao cansaço, o que eu discordo, acho extremamente divertido você reconhecer que alguns elementos ali inseridos te remetem a algumas obras que fizeram parte da sua vida.
Quando eu assisti ao filme desconhecia completamente a HQ, e vendo apenas o filme eu imaginava que se tratava de um garoto Nerd que imaginava toda aquela situação que lembrava muito jogos de vídeo-game, que nada daquilo passava da sua imaginação. Eu fui entender melhor a respeito da obra quando eu li a HQ, que na verdade aquilo tudo era uma homenagem do autor a todo o universo de games e filmes o qual ele tanto ama.
A HQ se remete muito a forma de desenho de um mangá, sendo preto e branco e não colorido só que a diferença é que ao invés de se ler da direita para esquerda como deve ser em um mangá, nós lemos da forma de uma HQ da esquerda para a direita.
Falando a adaptação cinematográfica é excepcional, Michael Cera com aquele seu jeito esquisito de ser da um toque diferente ao personagem o deixando mais nerd, na HQ o Scott é um pouco mais descolado e "pegador" que no filme. No filme podemos inserir alguns outros elementos que não temos como na HQ, por exemplo a sonorização, tem uma parte do filme onde Scott esta sonhando com Ramona e de fundo esta tocando uma música da série The Legend Of Zelda, para um Fan-Boy como eu dessa série de jogos aquilo foi prazeroso.
Falando em música, Scott tem um banda de garagem chamada Sex-Bob-Omb que tem uma certa levada bem punk a começar pela forma como eles se apresentão:
"One, Two, Three, Four, We Are Sex-Bob-Omb" |
Isso lembra muito uma banda de Punk Rock nascida nas garagens de Nova York, chamada Ramones. Durante a leitura acompanhamos os ensaios da banda e algo divertido é que temos as tablaturas da linha de baixo e violão tocadas pela banda, diga se de passagens que são simples, ou seja se você é um leitor como eu sem muita aptidão para música (por mais que na minha época de escola eu tenha tentado ser guitarrista de algumas bandas) pode tocar facilmente.
Para ser sincero Scott Pilgrim é mais direcionado ao público Nerd em geral, pode ter algumas citações que e o leitor pode não conhecer, eu mesmo posso ter lido e não identificado algumas das inúmeras referências.
Se você é um leitor antenado a jogos, filmes, ou seja cultura pop em geral, vai se amarrar a série Scott Pilgrim então pode comprar sem medo, caso contrário eu aconselho você a pegar emprestado de um amigo dar uma pequena lida para ver se você vai se interessar, por que como eu disse possui muita referência que talvez você não vá reconhecer.