Guerra dos Tronos - O Inverno esta chegando.




Literatura fantástica é um tema um pouco escasso no Brasil, ao contrário do exterior. Até porque o povo Brasileiro não é muito ligado ao exercício de leitura. Depois de um longo tempo após o seu lançamento lá fora, chega nas prateleiras das livrarias Brasileiras, através da editora LEYA (um abraço para essa editora maravilhosa que só nos trás alegria), uma obra de George R. R. Martin.
Estou aqui meus amigos internéticos para falar de nada menos do que "As Crônicas de Gelo e Fogo", mais especificamente do primeiro livro "A Guerra dos Tronos - Livro Um".
George Martin é mais conhecido por escrever roteiros em Hollywood e livros sobre ficção cientifica, "A Guerra dos Tronos" foi o seu primeiro romance abordando temas medievais e do gênero de Fantasia. Por esse fator que muitas vezes é comparado à Tolkien, o que eu não acho muito conveniente em se fazer, comparar o "Crônicas" com a série da Terra-Média, apesar dos dois conterem fantasia a série de Martin deixa a Magia como algo bem subliminar e escondido entre as ruínas de suas palavras.

Sinopse: Em Westeros temos os setes reinos, onde o verão perdura por anos e o inverno uma vida. Ao Norte acompanhamos o Lorde Eddard Stark, um homem tão aspero quanto as terras em que vive, em Winterfell. Após receber a visita de seu amigo Robert Baratheon, um velho amigo de antigas batalhas e o qual atualmente é o Rei de todo o Sete Reinos, com isso Robert oferece ao velho Stark uma proposta muito prestigiada e de alta confiança, o cargo de Mão do Rei. Lorde Stark percebendo que o cargo de suma importância, não poderia abandonar o velho amigo, ainda mais que brigas politicas poderiam estar próximas de acontecerem. Mal sabendo ele que algo ruim lhe aguarda... Fora as intrigas politicas, além das muralhas algo sombrio se levanta em direção aos Sete Reinos de Weteros.

Quando falamos de "Crônicas de Gelo e Fogo", estamos falando de um livro de peso. Seja se referindo ao tamanho dessa obra ou de sua magnifica história. Possuindo apenas 592 páginas Martin nos trás um livro recheado de intrigas politicas, magia, mistério e muito, mas muito sangue.
Antes de ler o livro confesso que possuía um certo preconceito a respeito, pois quando pegamos um livro de 592 páginas nas mãos achamos que vai ser algo massante de se ler, ainda mais quando o autor aborda intrigas sobre politica e poder. Mas para minha maior felicidade me enganei.
O que me impulsionou a começar ler a série foram as analogias errôneas que a internet tomava em dizer que Martin era o novo Tolkien Americano. Apesar de o livro possuir Magia, tema medieval, ambas as obra são bem distintas uma da outra.
Tolkien nos entrega uma história mais focada puramente na fantasia, explorando a Terra-Média a qual é a personagem principal de seus livros. Já Martin, se aprofunda mais no envolvimento das pessoas e suas percepções perante aos acontecimentos daquele universo, explorando muito pouco a magia, tanto que ela quase nem aparece nos seus livros.
Martin se preocupa mais em desenvolver a personalidade de seus personagens ao decorrer dos capítulos, ao contrário de Tolkien, se você não ler o "... - Assim disse Legolas" no final de cada fala você não vai saber discernir um personagem do outro. Falando dos personagem, nos levar a falar da incrível dinâmica do autor em começar cada um de seus capítulos. Ao contrário do já muito usado "Capítulo I - O Condado", Martin começa seus capítulos com o nome de cada personagem e discorre a sua história de acordo com a percepção do mesmo, ou seja, seus pensamentos, suas questões a respeito do que é certo e errado, sendo assim cada personagem tem sua filosofia, não sendo taxado como vilão ou herói, cada um é humano de acordo com os seus princípios. Cada personagem esta em uma parte de Westeros, por exemplo o capítulo Eddard falará no começo a respeito de Winterfell, e quando ele se mudar para capital onde é Porto Real,  o autor abordará os casos que acontecem ali, e se pegarmos outro personagem ele tratará outro canto de Westeros, seja a Muralha, Ilhas de Ferro, e etc.
Outra característica forte no autor é a sua descrição, não apenas concentrada no cenário ao redor como em seus personagens, isso pode tornar a leitura um pouco arrastada já que temos um livro que não é nada econômico em seu número de páginas, mas é bem difícil o leitor parar de ler por conta dessa característica.
A leitura é muito prazerosa, podemos ter capítulos em que são parados e lento mas o seu final sempre pode salvar o livro, a cada fechamento de capitulo o autor deixa algo impactante dando aquele ar de novela ou série, se você me entende, fazendo então você prosseguir sua leitura de forma desenfreada querendo comer mais e mais as páginas desse livro. Isso se deve a sua característica de roteirista. 
O livro é uma obra que não se possui defeitos, mas tem uma coisa em que pode nos incomodar, ela nos trás uma certa insegurança. Calma não vá achando que depois desse livro você vai ter de ler algo sobre autoajuda, a insegurança se remete aos personagens, e é uma coisa que eu já alerto vocês, NÃO QUEIRAM TER PERSONAGENS PREFERIDOS. Vou dizer apenas isso, essa característica não é um defeito, apenas acrescenta a obra, isso pode te frustrar, fazer chorar, rir, vibrar de comemoração, e até dizer "Cara como cê é burro... Que loucura!!!" - ao melhor estilo Caetano Veloso para algumas atitudes dos personagens.
Falar muito a respeito da história do livro é matar suas surpresas e sentimentos que iram se desenvolver ao ler, quero que vocês sintam exatamente o que eu senti, essa é uma obra obrigatória.

Tome cuidado ao virar das páginas, você pode ter algumas surpresas que podem não lhe agradar.

Ao ler os capítulos que explodiram suas cabeças, lembrem-se dessa foto.
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