O Espadachim de Carvão de Affonso (Com dois 'F' de Faca) Solano!


"Qualquer coisa pode ser morta. Basta acertá-la no lugar certo."
- Tamtul, em Tamtul e Magano contra a ampulheta da Rainha Estátua.

NO PRINCIPIO KURGALA ERA MAR...

Eis que surge das cinzas (do carvão), como uma fênix, o site que a algum tempo estava sem uma única postagem e considerado como morto. (Obs: Até porque o próprio autor do site estava sem ler nada faz algum tempo).
Trago à vocês meus caros leitores do Estante Literária, o livro que resgatou o meu gosto pela leitura recentemente, estou falando de "O ESPADACHIM DE CARVÃO" de Affonso Solano, eis que surge mais um escritor brasileiro brilhando nas estantes das livrarias e no universo de Fantasia.

Sobre o Autor

Acho de extrema importância salientar aqui que nossa literatura fantástica esta se expandido mais a cada dia. Surgem novos autores brasileiros tão fantásticos quanto o universo que eles criam. Já falei aqui de Raphael Draccon (deem um click caso queiram conhecer mais do autor no seu site!), que é o editor desse livro, lançado pelo selo Fantasy Casa da Palavra.
Affonso Solano é desenhista, Poadcaster, e recentemente adquiriu mais um ACHIEVEMENT, se tornando então escritor de literatura fantástica. Forjado pelas histórias de CONAN THE BARBARIAN, o autor vai tecendo as palavras de forma bem simples, porém não deixa a desejar. A 10 anos que com muito estudo nosso amigo Solano nos trás uma obra divertida/intrigante, com muito suspense, mesclando mitologia com a nobre jornada de nosso herói Adapak.
"Conheci" Affonso Solano através do PoadCast Matando Robôs Gigantes, o qual agora foi incorporado ao grupo Jovem Nerd  (uma grande influência para esse site existir), na época em que acompanhava a trupe Affonso/Diogo Braga/Beto Estrada eles não faziam parte da família Jovem Nerd e para mim foi uma grande surpresa vê-los se juntando a Alexandre Ottoni e Azaghal... Quem sabe em um futuro não tão distante o mesmo aconteça a esse site.
Voltando a realidade,  vamos falar de Affonso Solano... Como ilustrador, já trabalhou para empresas como a TV Globo, TV Record, Image Comics e Warner. Também é colunista de jogos eletrônicos do TechTudo.


Sinopse

Na história acompanhamos Adapak, filho de um dos quatro Deuses de Kurgala, o qual mora com o pai em uma ilha distante da civilização local, e adorada por todas as espécies do mundo. O jovem cresceu rodeado de livros e conhecimento divino fornecido pelo seu amado pai. Adapak era no entanto um jovem com uma aparência curiosa e diferente das espécies existente em Kurgala, possuindo uma pele negra como o carvão e olhos inteiramente brancos.
O jovem cresceu com a consciência que jamais deveria deixar a caverna a qual morava, porém tudo muda quando ele completa dezenove ciclos (idade), e se vê obrigado a deixar a segurança e conforto, quando assassinos misteriosos invadem a sua casa.
Então, Adapak se expõe ao mundo pela primeira vez, fugindo de pessoas as quais querem mata-lo e matar os Deuses de Kurgala. Nisso ele tem de descobrir o real motivo por trás de todo esse mistério. E descobrir que o mundo não é tão belo e fantástico quanto nos livros.

A Obra

Um dos pontos fortes do livro é o mundo de Kurgala. Affonso Solano criou um universo com espécies diferenciadas, chega a parecer um mundo de Ficção Cientifica.
E para que conhecemos um mundo novo, nada melhor do que sermos introduzidos na pele de um personagem o qual cresceu longe de toda essa "realidade". A ideia do autor, se foi proposital, foi brilhante. Dessa forma tornasse mais fácil "digerirmos" as informações e características ali descritas.
Fora o fato das espécies criadas para o mundo de Kurgala, ali na obra esta expressa as criticas do autor perante o fator religioso, sobre o preconceito que nosso personagem Adapak sofre, não apenas pela cor de sua pele por ser negro (como aqui já comentado), mas por ser uma espécie unica dentro de uma sociedade tão decadente. O que me faz se identificar com Adapak, acredito que eu não seja apenas o único que se identificou com o personagem por essa característica, é o fato de que ele cresceu rodeado de conhecimento, livros de história fantástica o qual contava de uma forma bem dramática e heroica onde tudo era mais bonito, e podemos dizer que é determinado muito no preto e no branco, como assim?
Quando crescemos somos rodeados pelas histórias que determinam a imagem do bem o qual são os heróis, e o mal o qual são os famosos clichês, feiticeiros, bruxas e bruxos, dragões, que raptam as princesas e cabe ao protagonista salva-la. Com isso crescemos com uma certa ingenuidade, o qual nosso amigo Adapak possui e muito, por mais que nosso protagonista seja um espadachim absurdamente bem treinado, devido ao Círculos (as passagens que descrevem as lutas no livro são muito fáceis de serem visualizadas, o autor as descreve com perfeição), mesmo assim Adapak é facilmente enganado durante o livro.
Com isso nosso herói sofre um choque de realidade muito grande, o que também acontece conosco quando atingimos nossos 18 anos, ou como falado no livro, nossos 18 ciclos.
Uma característica bem legal do livro, não se conta o tempo por Ano, e sim por Ciclos, uma curiosidade nada muito relevante, porém é algo bem criativo.
Minhas impressões com o livro foram muito boas, é um livro divertido e gostoso de se ler. Não é algo do tamanho de "Guerras dos Tronos", é um livro curto, bem rápido e dinâmico que você pode ler naqueles seus 15 minutinhos de pausa no serviço ou ônibus, banheiro, antes de dormir enfim, são capítulos curtos que a cada final deixa aquele gostinho de quero mais. O que senti muita falta foi o Affonso não ter falado mais daquele universo que criou, pois é algo que pode ser muito bem explorado, lá temos espécies um tanto quanto curiosas, só um adendo, a cada capitulo temos ilustrações do Solano antes de iniciarmos a leitura é algo bem legal.
Acredito que esse pequeno "problema" de o autor não ter explorado ainda mais o universo, se é que podemos dizer que isso seja um problema no livro, será resolvido nos próximos livros, isso mesmo, por mais que O ESPADACHIM DE CARVÃO seja um livro que acabe em si mesmo, Raphael Draccon ( editor da FANTASY - CASA DA PALAVRA), autorizou a sequencia para Adapak se aventurar nas terras de Kurgala! É com imensa felicidade que lhes dou essa notícia. Só tem um porém... Será que Affonsinho Solano levará mais 10 anos para escrever cada sequencia?! Caberá ao autor nos responder a essa questão! (Eu espero que não, estou curioso pelas próximas histórias do pequeno semi-deus Adapk pele de carvão).

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